sábado, 26 de março de 2011

DeZeSSete


Aridez interna.
Sombras a me rodear.
Plenitude ausente.
Sonhos a vagar.
Seja assim.
Céu sem estrelas.
Noite sem fim.
Entretanto a lua disse sim.
Me contento a imaginar
Somente o teu brilho no ar.
Devagar me embriaga.
A noite se faz serenar.
Vagarosamente um barulhinho suave ouço chegar.
Seria uma despedida incompleta.
Acaso a chuva não viesse se oferecer.
Aparece forte e imponente.
Desafiando, assim, a minha vontade de permanecer.
Sinto-te.
E não vejo.
Ouço-te.
E acato.
Olho para um lado. Para trás.
Finalmente para o outro.
Penso, reflito e não ajo.
Espero pelo momento certo.
De repente um clarão...
Ilumina o céu.
E assim sem avisar
Me despeço.
Deixo o céu se manifestar.

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