domingo, 22 de maio de 2011

Talvez seja a última vez que te vejo assim bem pertinho de mim.


Sinto algo nunca antes sentido.
Um aperto de repente.
O coração dispara.
As palavras clamam de uma forma fervorosa.
Sinto um calafrio percorrer meu corpo.
Um tremor fabuloso.
Pronta pra me despedir.
Deixo muita coisa pra fazer.
Alguns com um pouquinho de mim.
Está vida talvez não seja minha.
Todos chamam de minha.
Mas não a vejo assim.
Ou melhor, não a sinto.
Papai do Céu.
Acolha-me com todo seu amor.
Por todo este tempo que estive aqui.
Talvez não tenha demonstrado sempre.
Não cumpri todos os meus deveres.
Deixei vários direitos pra trás.
A fim de agradar.
Foi tudo de bom agrado.
Tudo que fiz foi em prol de alguém.
Muitas das vezes excetuando o meu próprio.
Não me sinto pronta.
Não quero partir assim.
Me dê sua mão.
Me abraçe apertado.
Encontro-te do lado de lá.
Com um sorriso na face.
Um jeitinho meigo.
Tímido.
Querendo muito pedir.
Um colo.
Um aconchego.
Estou triste.
Sou triste.
Carrego um fardo pesado.
Grande.
Aguardo o reino divino.
Limpido.
Justo.
Verde.
Florido.
Salve-me.
Ao menos o meu EU.
Não me deixe ir assim.
Olhe-me.
Toque-me ao menos está vez.
Gosto de ti.
Carregue-me no SEU colo.
Assim você liberta minha alma.
Faça a minha vontade valer.

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